Tratamento Psiquiátrico para Autismo Infantil: Guia Atualizado para Pais - Parte medicamentosa
- Dr. Galiano Brazuna Moura

- 25 de jul.
- 13 min de leitura
Autistas frequentemente enfrentam desafios adicionais como distúrbios do sono, ansiedade ou hiperatividade. Uma abordagem psiquiátrica especializada ajuda a melhorar a qualidade de vida da criança e da família.
Prevalência do Autismo e a Importância de um Cuidado Especializado
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é mais comum do que se imaginava. Estimativas recentes nos EUA indicam que 1 em cada 36 crianças possa ser diagnosticada com TEAbmcmedicine.biomedcentral.com. Esse aumento nos diagnósticos se deve em parte a uma maior conscientização e critérios mais amplos, mas também pode refletir um crescimento real na ocorrência do autismobmcmedicine.biomedcentral.com. Com cada vez mais famílias buscando ajuda, os serviços especializados em autismo ficam sobrecarregados, levando a longas esperas. Nesse cenário, é fundamental que profissionais de saúde em geral – incluindo pediatras e psiquiatras – estejam preparados para oferecer um atendimento “autismo-competente”, ou seja, capaz de reconhecer as particularidades do TEA e manejar os sintomas associados de forma segura e eficazbmcmedicine.biomedcentral.com.
Por que procurar um psiquiatra? Além das intervenções comportamentais e terapias (como psicologia e fonoaudiologia), muitas crianças e adolescentes autistas apresentam sintomas psiquiátricos ou comportamentais associados que podem se beneficiar de tratamento psiquiátrico para Autismo Infantil. Problemas de sono, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade), ansiedade, depressão e irritabilidade severa são exemplos de desafios comuns no TEA. Um médico psiquiatra infantil especializado em autismo poderá avaliar essas condições, propor intervenções atualizadas e individualizadas e acompanhar de perto a evolução. Isso não apenas melhora o bem-estar da criança, mas também alivia o estresse da família, favorecendo o desenvolvimento pleno da criança.
Dica: Em São José dos Campos e região do Vale do Paraíba, já é possível contar com atendimento especializado em psiquiatria infantil para autismo, inclusive com opções de acompanhamento online (telemedicina) ou presencial, facilitando o acesso das famílias a esse suporte profissional.
Distúrbios do Sono em Crianças com TEA
Distúrbios do sono são extremamente comuns no autismo – muitos pais relatam dificuldade para a criança pegar no sono, permanecer dormindo a noite toda ou inversão do ciclo sono-vigília. Estudos indicam que uma grande porcentagem de pessoas no espectro (podendo chegar a mais de 80% em alguns grupos) tem algum tipo de problema de sono ao longo da vida. Esses problemas podem incluir dificuldade em iniciar o sono, acordar várias vezes à noite, pesadelos, sonolência excessiva diurna ou padrões de sono irregularesbmcmedicine.biomedcentral.com.
Como podemos ajudar? O primeiro passo do tratamento é igual ao de qualquer criança: melhorar a higiene do sono. Isso envolve criar uma rotina relaxante antes de dormir, horário regular para deitar e acordar, evitar uso de telas próximo da hora de dormir, ambiente adequado (escuro e silencioso) e assim por diante. No caso de crianças com TEA, muitas vezes é preciso também adaptar essa rotina às necessidades sensoriais específicas da criança (por exemplo, alguns se acalmam com certos brinquedos, cobertores pesados ou ruídos brancos).
Quando essas medidas não são suficientes, costuma-se considerar o uso de melatonina como auxílio. A melatonina é um hormônio natural do sono que pode ser dado como suplemento no início da noite. Diversos estudos com crianças autistas mostram que a melatonina ajuda a pegar no sono mais rápido e melhora a qualidade do sono em grande parte dos casos – um levantamento de 18 estudos apontou melhora em 84% dos pacientes com TEA que usaram melatoninabmcmedicine.biomedcentral.com. Trata-se de uma substância geralmente bem tolerada e com mínimos efeitos colaterais, recomendada como primeira linha de intervenção medicamentosa para distúrbios de sono no autismobmcmedicine.biomedcentral.com. Em geral, inicia-se com doses baixas (1 a 3 mg cerca de 30 minutos antes do horário de dormir) e pode-se aumentar gradualmente até ~10 mg, se necessáriobmcmedicine.biomedcentral.com. Vale lembrar que, no Brasil, a melatonina é vendida como suplemento alimentar, então é importante buscar marcas de confiança (selo de qualidade) para garantir a pureza e a dosagem correta do produtobmcmedicine.biomedcentral.com.
Caso a melatonina não surta efeito suficiente, o psiquiatra poderá avaliar outras medicações de acordo com o perfil da criança. Algumas opções incluem: agonistas alfa-2 adrenérgicos como a clonidina ou guanfacina (que em baixas doses podem induzir sono e também ajudam na hiperatividade), certos antidepressivos sedativos como a trazodona ou mirtazapina em dose baixa (usados off-label para melhorar o sono), ou ainda anti-histamínicos como a hidroxizina em casos selecionados. Todas essas medicações são escolhidas com cuidado, considerando os sintomas da criança de forma global. Por exemplo, se a criança também tem TDAH ou ansiedade, a guanfacina poderia abordar mais de um problema ao mesmo tempo. Importante: medicamentos para sono em crianças devem ser usados sempre com acompanhamento médico próximo. Alguns remédios que funcionam em adultos podem ter efeito oposto nos pequenos – por exemplo, certos ansiolíticos benzodiazepínicos ou mesmo anti-histamínicos às vezes deixam a criança agitada em vez de sonolenta, especialmente as menores de 5 anos, por isso seu uso prolongado não é recomendado sem supervisão especializadabmcmedicine.biomedcentral.com.
Em casos em que nem as medidas comportamentais nem os remédios iniciais ajudam o sono da criança, pode ser necessário investigar outras causas médicas (como refluxo, dores, epilepsia noturna ou apneia do sono) e até encaminhar para um especialista em medicina do sono. O objetivo é sempre garantir que a criança autista tenha um sono adequado, pois dormir bem impacta diretamente o comportamento, a aprendizagem e o humor durante o dia.
TDAH e Autismo: Manejo da Hiperatividade e Desatenção
Muitas crianças com autismo também apresentam sintomas de TDAH – dificuldade de atenção, impulsividade e hiperatividade acima do esperado para a idade. De fato, o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é uma das condições associadas mais frequentes no TEA. Esses sintomas podem prejudicar o desempenho escolar, a convivência social e até a segurança da criança (por exemplo, impulsividade que leva a atos perigosos).
O tratamento do TDAH em crianças autistas precisa ser cuidadosamente adaptado. Nos casos de TDAH “puro” (sem autismo), o tratamento de primeira linha costuma ser com medicamentos estimulantes (como metilfenidato, conhecido como Ritalina, ou anfetaminas). Porém, em crianças autistas, estudos e a experiência clínica indicam que nem sempre os estimulantes são a melhor opção inicial, pois alguns pacientes do espectro têm mais efeitos colaterais ou piora de irritabilidade com esses remédios. As novas diretrizes sugerem que, em muitos casos de TEA + TDAH, é preferível começar por medicamentos não estimulantes, especialmente os agonistas alfa2-adrenérgicos (como guanfacina ou clonidina)pubmed.ncbi.nlm.nih.gov. Esses medicamentos podem reduzir a hiperatividade e impulsividade de forma mais suave, com menor risco de efeitos adversos como insônia ou perda de apetite, e muitas vezes também ajudam na regulação do sono e da ansiedade.
Se os agonistas αlfa2 não forem suficientes para controlar os sintomas de desatenção e hiperatividade, o psiquiatra pode então considerar a introdução de um estimulante em dose baixa e monitorar de perto a resposta. Cada criança é única: algumas toleram bem e se beneficiam dos estimulantes, enquanto outras podem apresentar irritabilidade aumentada ou estereotipias mais intensas. Por isso, o acompanhamento de um especialista faz diferença – ele saberá ajustar a medicação, trocar a estratégia se necessário e tratar eventos adversos prontamente. Em paralelo, é importante combinar intervenções não farmacológicas: adaptar o ambiente escolar, usar técnicas comportamentais e terapias ocupacionais para melhorar atenção e diminuir impulsividade, sempre de forma integrada com o tratamento médico.
Ansiedade no TEA: Abordagem Personalizada
A ansiedade é outro desafio comum em pessoas autistas. Mudanças na rotina, sensibilidades sensoriais (barulhos altos, lugares lotados), dificuldades de comunicação e compreensão literal do mundo podem gerar níveis altos de ansiedade em crianças e adolescentes com TEA. Isso pode se manifestar como medos intensos, preocupações constantes, crises de choro ou pânico, resistência a sair de casa ou a frequentar a escola, entre outros comportamentos.
No tratamento da ansiedade em crianças neurotípicas (não autistas), muitos médicos lançam mão de antidepressivos ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina, como fluoxetina, sertralina) como primeira escolha, por serem eficazes em transtornos de ansiedade infantil. Contudo, no caso de crianças com autismo, as novas orientações apontam para uma mudança de estratégia: fármacos como buspirona e mirtazapina tendem a ser preferidos em vez dos ISRS tradicionaispubmed.ncbi.nlm.nih.gov. Isso porque alguns pacientes com TEA não respondem bem aos ISRS – alguns apresentam ativação comportamental (ficam mais agitados, irritados ou com piora de sono) ou pouca melhora dos sintomas.
A buspirona é um ansiolítico não sedativo que pode ajudar na ansiedade generalizada e até em comportamentos repetitivos leves, sem o risco de dependência dos tranquilizantes tradicionais. Já a mirtazapina é um antidepressivo multifuncional que, em baixas doses, tem efeito ansiolitico e também melhora o sono e o apetite – benefícios úteis para certos pacientes autistas que têm ansiedade associada a insônia ou seletividade alimentar. Vale notar que tanto buspirona quanto mirtazapina costumam ser bem toleradas, mas, assim como qualquer medicação, devem ser introduzidas de forma gradual e com acompanhamento médico regular.
Isso não significa que os ISRS nunca sejam usados no autismo – em alguns casos eles funcionam bem, sim, especialmente em transtorno obsessivo-compulsivo concomitante ou ansiedade severa. Porém, as diretrizes ressaltam que os clínicos deveriam considerar outras opções primeiro no TEApubmed.ncbi.nlm.nih.gov. Além disso, medicações complementares podem ser úteis: por exemplo, a hidroxizina (anti-histamínico com efeito calmante) pode ser dada eventualmente para crises agudas de ansiedade (como um “resgate” em dias muito difíceis), pois começa a agir rápido e pode acalmar sem deixar a criança viciadabmcmedicine.biomedcentral.com. Técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental adaptada ao autismo e suporte psicológico são aliados indispensáveis – a medicação vem para somar nesses casos, reduzindo a ansiedade fisiológica e permitindo que a criança aproveite melhor as terapias.
Depressão em Jovens com Autismo: Adequando o Tratamento
Embora associe-se o autismo mais com infância, hoje sabemos que muitos adolescentes e adultos com TEA podem desenvolver depressão – seja pelo reconhecimento das próprias dificuldades de interação, isolamento social, bullying, ou mesmo por fatores biológicos. Identificar depressão em pessoas autistas pode ser desafiador, pois alguns sinais clássicos podem se confundir com características do TEA (por exemplo, retraimento social ou alteração do sono). Porém, mudanças marcantes de humor, perda de interesse nas atividades que gostava, irritabilidade aumentada, alterações de apetite ou sono e comentários sobre não querer viver podem indicar um quadro depressivo que merece atenção profissional.
O manejo médico da depressão no TEA também apresenta particularidades. Em jovens neurotípicos, um ISRS como a sertralina ou escitalopram costuma ser a primeira opção para depressão. Já segundo as diretrizes recentes, em pacientes autistas vale a pena considerar outras classes de antidepressivos inicialmente, pois eles podem ter melhor eficácia e tolerabilidade nesse grupopubmed.ncbi.nlm.nih.gov. Dentre as opções recomendadas à frente dos ISRS estão: duloxetina (antidepressivo dual da classe dos IRSN), bupropiona (antidepressivo que atua na dopamina/noradrenalina, também usado para melhorar energia e concentração), vortioxetina (antidepressivo multimodal de nova geração) e novamente a mirtazapina (devido ao perfil ansiolítico e indutor de sono)pubmed.ncbi.nlm.nih.gov. Todos esses medicamentos já são utilizados em depressão de não autistas também, mas a novidade é sugerir que, no contexto do TEA, eles sejam consideradas antes dos tradicionais ISRS. O motivo é que alguns pacientes com TEA simplesmente não respondem bem aos ISRS ou apresentam efeitos adversos comportamentais. Por exemplo, há evidências de que ISRS podem, em certos casos, aumentar agitação ou provocar movimentos repetitivos em pessoas com autismo, fenômeno chamado de “ativação” paradoxal.
Claro que a escolha do antidepressivo vai depender do perfil do jovem e dos sintomas predominantes. Se há muita ansiedade junto da depressão, duloxetina ou mirtazapina podem ser úteis; se há falta de energia e apatia, bupropiona pode ser considerada; se há sintomas cognitivos, talvez vortioxetina seja interessante, e assim por diante. Todos os antidepressivos em crianças e adolescentes exigem monitoramento cuidadoso, principalmente no início do tratamento, quanto a ideia de autolesão ou piora do humor – isso é uma precaução de praxe (inclusive recomendada em bula pelo FDA americano)bmcmedicine.biomedcentral.com. O psiquiatra infantil irá acompanhar regularmente, ajustar doses e checar sinais de melhora ou quaisquer efeitos indesejados. Em casos raros de depressão muito grave ou resistente, pode-se avaliar tratamentos não medicamentosos, como terapia eletroconvulsiva (ECT) ou estimulação magnética transcraniana, em ambiente especializadobmcmedicine.biomedcentral.com – mas esses são recursos excepcionais. Na imensa maioria das vezes, conseguimos encontrar uma medicação ou combinação eficaz que melhora significativamente o humor e a qualidade de vida do jovem com TEA.
Irritabilidade e Comportamentos Desafiadores no Autismo
A irritabilidade intensa, manifestada por explosões de raiva, agressividade (contra outras pessoas ou objetos) e mudanças de humor abruptas, é um dos sintomas mais desafiadores para famílias de crianças e adolescentes autistas. Muitos pais descrevem episódios de birras extremas, autoagressão (a criança se bate ou bate a cabeça) e dificuldade em controlar as emoções diante de frustrações mínimas. Vale destacar que “irritabilidade” no contexto do autismo é um termo amplo – esse comportamento pode ser consequência de vários fatores: pode indicar que a criança está com dor ou algum desconforto físico (que ela não consegue comunicar), pode ser uma reação de sobrecarga sensorial ou ansiedade extrema, pode estar ligado a um transtorno de humor como depressão, ou até ser efeito colateral de alguma medicação. Por isso, avaliar a causa por trás da irritabilidade é o primeiro passo. Muitas vezes é preciso uma abordagem interdisciplinar: envolver pediatras (para investigar questões médicas como dores, refluxo, problemas gastrointestinais comuns no TEA), psicólogos e terapeutas (para estratégias comportamentais) e o psiquiatra infantil para ajustar medicações se necessáriobmcmedicine.biomedcentral.combmcmedicine.biomedcentral.com.
Quando decidimos intervir com medicação para irritabilidade severa, a escolha também depende da gravidade e do perfil da criança. Para irritabilidade leve a moderada, principalmente se relacionada a impulsividade ou TDAH, pode-se tentar primeiro medicamentos como guanfacina (sim, o mesmo usado no TDAH) que muitas vezes acalma a reatividade da criança. Outra alternativa em casos moderados são estabilizadores de humor leves. Já nos quadros mais graves, com agressividade frequente ou autoagressão que coloca a segurança em risco, os estudos mostram eficácia de dois medicamentos em especial: risperidona e aripiprazol. Esses dois fármacos são antipsicóticos atípicos que, apesar do nome da classe, em doses adequadas ajudam a reduzir significativamente as crises de irritabilidade e agressão em crianças autistas – tanto que são, até o momento, as únicas medicações aprovadas pelo FDA especificamente para tratar irritabilidade em autismobmcmedicine.biomedcentral.com. Diversas pesquisas e anos de uso clínico comprovam que risperidona e aripiprazol conseguem diminuir essas condutas agressivas e melhorar a adaptação global da criançabmcmedicine.biomedcentral.com.
Entretanto, por serem medicamentos mais “pesados”, seu uso precisa ser criterioso. Efeitos colaterais como ganho de peso, sonolência, alterações hormonais e metabólicas podem ocorrerbmcmedicine.biomedcentral.com. Portanto, o psiquiatra pondera risco-benefício: em situações em que a segurança e o desenvolvimento da criança estão comprometidos pela irritabilidade, pode valer a pena usar um desses remédios, pelo período necessário, sempre monitorando ativamente questões como peso, exames de sangue e efeitos motores. A dose inicia baixa (muitas crianças melhoram com doses pequenas, ex.: 0,25 mg de risperidona) e vai sendo ajustada conforme a respostabmcmedicine.biomedcentral.com. E claro, paralelamente mantém-se todo o suporte comportamental e terapêutico para ensinar a criança a se comunicar melhor, a lidar com frustrações e a encontrar formas alternativas de expressar suas necessidades. O medicamento entra como um aliado para controlar o sintoma agudo, permitindo que outras intervenções educacionais e terapêuticas tenham mais efeito.
Tratamento Psiquiátrico para Autismo Infantil -Considerações Finais
O campo do tratamento do autismo está em constante evolução. Hoje entendemos que não existe uma solução única que funcione para todos – cada pessoa com TEA é única em suas fortalezas e desafios. Por isso, as decisões sobre medicar ou não, e qual remédio usar, devem ser personalizadas. As diretrizes mais recentes reforçam a ideia de que precisamos adaptar as práticas às necessidades específicas do autismo, seja começando por medicações diferentes das usuais ou combinando abordagens para obter o melhor resultadopubmed.ncbi.nlm.nih.gov.
Como psiquiatra dedicado à área, mantenho-me atualizado nessas recomendações e as aplico na rotina clínica. O objetivo final é sempre melhorar a qualidade de vida tanto do paciente autista quanto de sua família. Quando conseguimos fazer uma criança dormir melhor, controlar sua ansiedade ou focar mais atenção, abrimos caminho para que ela se desenvolva com mais tranquilidade, aprendendo na escola, convivendo com a família e explorando seus interesses. Além disso, reduzem-se o estresse dos pais e cuidadores, que passam a ter ferramentas e suporte para lidar com as dificuldades do dia a dia.
Se você é pai ou mãe de uma criança com autismo e percebe esses desafios – seja dificuldade de dormir, falta de concentração, medos intensos, tristeza profunda ou explosões de irritabilidade –, saiba que não está sozinho. Conte com ajuda profissional de um psiquiatra infantil especializado em TEA. Em conjunto, podemos traçar um plano que inclua orientações comportamentais, suporte escolar e, se indicado, tratamento medicamentoso sob medida para seu filho ou filha. Com informação de qualidade e acompanhamento próximo, é possível superar muitos obstáculos e permitir que pessoas com autismo floresçam e alcancem todo seu potencial em um ambiente compreensivo e acolhedor.
Referências: Este artigo foi baseado em diretrizes e estudos recentes sobre tratamento farmacológico no TEA, incluindo a proposta de orientações publicada em 2025 na revista BMC Medicinepubmed.ncbi.nlm.nih.govbmcmedicine.biomedcentral.com, entre outras fontes atualizadas, garantindo que as recomendações aqui apresentadas reflitam o estado atual do conhecimento científico. Assim, você pode ter a segurança de que estamos trabalhando com as melhores evidências disponíveis para cuidar da saúde mental de quem está no espectro do autismo.
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